terça-feira, 29 de novembro de 2011

Escrito de mim

Bem, retribuindo ao doce convite do Serderinha, posto aqui esse texto que define muito do que tenho vivido nos últimos meses! Espero que sirva!

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Sinto-me realizada quando consigo expressar em palavras aquilo que se esconde em meus sentimentos e pensamentos. É como se tudo aquilo que inebria minha alma ganhasse vida, cor e luz. Mais do que combinar letras e fonemas, escrever para mim é uma tentativa quase sempre insuficiente, ainda que deliciosa, de materializar um som, um sorriso tímido, a imperfeição e a beleza dos meus finitos e singelos dias.

Quando me deparo com uma música (som) ou poemas (letras) que descrevem aquilo que está dentro de mim, sinto como se um ciclo de expectativas estivesse sendo fechado e a busca pelo compreender e ser compreendida achasse um lugar de descanso e paz... Ao escrever revelo quem sou sem medo de errar ou anseios por acertar. Esse desprendimento aconteceu com o tempo.

Aos poucos fui entendendo que tolo é aquele que julga o todo apenas pelas partes. É como se eu, em uma tentativa infeliz, me gastasse no projeto de analisar o amor observando somente o beijo de um casal apaixonado. Eu teria apenas uma compreensão parcial do que pode ser o fenômeno amor ao considerar, em minha leitura, apenas o fenômeno ‘beijo’.

De modo semelhante, essa minha pequena parte, escrita, é um simples vestígio do meu todo. O que escrevo revela, ainda que uma pequena parte, (de) como penso a realidade, tão somente a minha realidade. De fato, anuncia e reverbera como eu enxergo o mundo em suas múltiplas formas e, sobretudo, a minha não pretensiosa tentativa de inserção nele. Enfim, escrever para mim se tornou uma forma de me revelar aos pouquinhos, de me conhecer e deixar ser conhecida. Não há mais explicações para isso;

Escrevo porque...
Escrevo para...
Escrevo, embora...
Escrevo, logo...
Escrevo enfim, enfim escrevo.
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Texto originalmente postado no blog: hmuitomais.blogspot.com

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Veia Literária

"O que eu mais gostava em Shakespeare era a facilidade com que lidava com as palavras. Parecia que se não houvesse palavra para o que queria dizer ele simplesmente a inventava. Ele poetava o idioma. Por inventar palavras, ele bate qualquer outro autor. Quando crescer e tornar- me escritora, e sei que me tornarei, pretendo shakesperear algumas palavras. E já estou praticando." (A Menina que não Sabia Ler, de John Harding)


Este grande pergaminho-blog foi criado para alguns de sangue literário compartilharem seus textos juntos. Lugar para brincarmos com palavras. De rompermos os nossos próprios estilos e simplesmente unirmos nossas mentes em um grande contexto. 

Sejam bem vindos então a esse maravilhoso mundo de criatividade miscigenada!!!

Portanto: "Devaneiem"...

Aos autores.